Por Emily Sobral
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No mundo, 68 países já proibiram o uso do amianto em processos produtivos.
A fibra de amianto é cancerígena e é utilizada na fabricação de materiais para a construção civil, como telhas e caixas d´água. Não preciso nem falar o nome de uma grande companhia fabricante desses produtos, não é mesmo? Pois bem, no Brasil, também há uma antiga luta pelo banimento do uso da fibra, para preservar a saúde dos trabalhadores expostos ao amianto.
Uma vez que alguns estados, como São Paulo, Rio Grande do Sul e Pernambuco e o município de São Paulo, já haviam publicado leis que proíbem o uso, a produção e a comercialização de amianto, os fabricantes entraram na Justiça contestando sua constitucionalidade. O caso, evidentemente, arrasta-se na Justiça. Só que, na semana que vem, no dia 23, poderá ser o fim do embate entre os prós e contras o amianto. Isso porque a constitucionalidade dessas leis entrará na pauta da alta corte do País, ou seja, do Supremo Tribunal Federal.
O julgamento sobre esse caso pelo STF havia sido interrompido em 2012, pois não houve quórum para julgar, já que eram exigidos pelo menos oito ministros. Segundo as empresas, o uso do amianto crisotila não oferece riscos à saúde. Por sua vez, a Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto, criada e dirigida por Fernanda Giannasi, engenheira civil e ex-fiscal do trabalho, afirma que os efeitos da fibra são devastadores à saúde humana, já tendo causado milhares de mortes e doenças a trabalhadores.
Agora, aguardemos a polêmica ser julgada, quando será determinado um passo importante para a preservação da saúde de trabalhadores.
Já está mais do que na hora de banir o amianto! Nos países civilizados, onde a vida humana é valorizada, o uso do amianto é proibido há muitos anos.
A Etenit faz lobby para o STF não considerar constitucional as leis desses estados. Agora vamos ver o que vai dar
A direção e os acionistas da Eternit estão com medo do resultado do julgamento.
Como nosso sistema judiciário também é podre e corrupto, duvido que a decisão seja favorável para o trabalhador.